'O Nascer das Trevas"

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O Merlin Da Magia Sombria...

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Stefany....

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domingo, 4 de abril de 2010

O nascer das trevas – Parte – III


Do enforcamento à ressurreição.


Depois das ordens dadas pela Rainha da luz, as duas novas adeptas à eternidade, Constantine e Scarllet, aguardam o dia do enforcamento. O clima no Castelo Gaillard estava carregado de energias mórbidas. Os súditos conversavam escondidos aos arredores dos jardins, não entendiam muito a atitude do Rei, nunca havia tomado uma atitude tão severa quanto à sua Rainha. Pelo menos, as noticia que chegavam, nunca iam ao encontro de tal atrocidade.

O novo Papa havia sido escolhido por unanimidade, tratava-se de um servo de tamanha inescrupulosidade. Era conhecido por em certa fase da sua vida, ter exercido o posto de carrasco em um pequeno lugarejo da Romênia, embora sendo descendentes de Drusos, tinha o terror em seu olhar, era chamado “Monseigneur Tortuon”. Mas, havia algo mais curioso ainda a seu respeito, corria pelas vielas do reino um comentário silencioso que se tratava de um hermafrodita! Dono do domínio da morte e da sabedoria magística da escuridão.

O reino de D’Atrois passava por um momento financeiro bastante agudo, as reservas reais estavam em seu final, buscava loucamente uma solução. Os banqueiros Judeus já se esquivavam dos empréstimos à corte porque estes nunca eram saldados pelo Rei. Mas a majestade era suprema e sempre achava uma forma de reerguer suas finanças.

Eram festas colossais, vinhos caros, sedas indianas ou chinesas, jóias raras, faisões e todo o requinte e ostentação de um reino próspero.

Monseigneur Tortuon havia construído um mórbido mosteiro subterrâneo aos arredores de Paris, mais a oeste para ser correto. Lá florescia e exercia suas taras, orgias sexuais e ritualistas para manutenção do poder que o faziam ser o símbolo do terror cristão, porém, demonstrava sempre uma face angelical aos seus fiéis.

A inquisição, as cruzadas gastavam a maior parte das finanças, a economia real demonstrava-se definitivamente infecunda, com isso Tortuon havia declarado à D’Atrois seu plano maquiavélico para reforçar a economicamente o reino. Desta forma, deu início a primeira caça aos Judeus em pleno solo Francês. Uma inquisição particular. O capelão Oragon Tennué informou ao Rei que temia as consequencias. Alegava que: Dois enforcamentos, principalmente tratando-se da Rainha Constantine e sua Page Scarllet, ambas tidas como o orgulho do reino e o início da caça aos Judeus poderiam por fim à supremacia em suas colônias e gerar uma revolta em cadeia, o que desestabilizaria seu reinado de forma inimaginável.

Embora os Templários tivessem sidos desmantelados, ainda sim o exército real saberia controlar tal situação, caso algo desse errado.

Pelo menos era o que pensava D’Atrois. O plano foi diabólico traçado pelo papa.

A Rainha da luz tornou-se ciente das grandes propostas desalentadoras do Rei e seus súditos leais, revoltada, aguardava o memento de desfechar seu ataque derradeiro a toda aquela podridão, mas... As coisas não eram tão simples assim, seu Rei, o Inccubus ainda não havia chegado à França com seu exército eternizado e além do mais , Tortuon exercia uma prática muito próxima a dela, porém de uma maneira animalesca e sórdida. O Papa sofria de canibalismo pscicopático. Na sua sede de poder eterno, perdeu-se no caminho da perversidade e da pedofilia. Não eram sós às meninas de 12 a 16 anos que eram usadas em seus ritos, os meninos, também. Afinal, tratando-se de um hermafrodita, vivenciava o pensamento e a certeza que:

“Sendo ele portador dos dois sexos e eles totalmente atuantes, poderia reunir energias múltiplas e tornar-se único no universo a comandar o planeta em sua plenitude, O Rei dos Reis”.

Isto era um pesadelo nas eternas noites de Stefany.

Algo haveria de ser feito, antes de tudo isso progredisse a ponto de se tornar inadiministrável.

“Monseigneur Tortuon”, não suportava os Judeus, já que seu plano havia sido aprovado pelo Rei D’Atrois , crianças eram capturadas em aldeias longíncuas e levadas à noite para seu mosteiro secreto.

Tratadas inicialmente com zelo e amor, acabavam entregando-se a sedução satânica do papa. As meninas que estavam na faixa de 14 a 16 anos eram separadas, as de menos idade hospedavam-se em outro cômodo bem distante, bem como os meninos.

Foi quando o Tortuon apaixonou-se por Penélope, uma bela adolescente de 16 aninhos, loira, linda, corpo esbelto e sedutor. Certa noite mandou seu bispo levá-la aos seus aposentos para jantar e beber vinho. Penélope sabia que era o pior, mas, não havia como resistir. Foi estuprada cruelmente pelo monstro papal. O mais grave de tudo que meses depois, com o passar do tempo Penélope viu-se grávida do seu estuprador.

As atrocidades aumentavam, bem como a loucura pela busca a soberania real, o poder de ser único e eterno. Tortuon passou a sacrificar as menores meninas, degustar suas vísceras e beber o sangue, o resto era entregue aos açougueiros que por sua vez alimentavam os abutres após esquartejar suas vítimas.



“Açougueiros: Era o nome dado ao homem que preparava o morto para o rito funeral, ou melhor, alimentar os abutres, uma vez que os corpos não poderiam ser encontrados, os restos eram ossos que acabariam triturados e vendidos às fábricas caseiras de sabão.”




Mas, curiosamente não bastavam às meninas, os meninos também passaram a ser alvo do intrépido Tortuon. Por ser ele, hermafrodita, sonhava ser a mãe da supremacia: Gerar um filho perfeito de duplo espírito e sexualidade una, o tutor do poder do universo. Designou o bispo, seu cúmplice, Josef Desiré, para investigar as qualidades de caráter, beleza, inteligência, severidade, luxurioso e friamente calculista, um conjunto quase impossível de ser encontrado. Por fim o bispo encontrou o jovem perfeito para o plano do bárbaro, Joubert Destonjour.

Planejou maquiavelicamente uma forma de dopar o jovem, um coquetel de ervas alucinógeno: Durante o ritual pré-estabelecido em uma noite especial, tudo estava perfeito, seu traje feminino, perfumes, até a sunga que lhe esconderia o penis, isto até o final do rito de fecundação. Como não poderia deixar de ser, havia outra adolescente envolvida em seu plano, Joana Martinez, esta judia espanhola, sangue quente, ousada, petulante, devassa, pois aliciava outras adolescentes em seus aposentos cárceres, as quais lhes concediam todas as vontades, até as mais absurdas que pudesse parecer.

As cercanias do Castelo de Gaillard estava cheia de súditos de um reinado terrorista, na praça o “Auto da Fé”:

“Palco armado para leitura das sentenças e suas execuções”.

Posteriormente a festa em homenagem a glorificação do poder da majestade suprema. Os corpos seriam arrastados por toda cidade até serem tratados pelos açougueiros, depois queimados em uma fogueira de eucalipto para poupar doenças e o mau cheiro. Stefany aguardava furiosamente o momento chave da libertação das suas súditas à eternidade. Temia a reação do povo ao ver as duas enforcadas ressuscitar na presença do Rei e toda sua corte, mais terrível ainda seria assisti-las tornarem-se águias e partir em vôo cego rumo ao desconhecido.

Stefany em forma de corvo observava todo o ritual silenciosamente, ouviu a leitura das condenações, as cordas foram aos pescoços, trombetas reais soaram ao fundo, logo após as sete badaladas simetricamente planejadas para anunciar o terror e a execução foi deflagrada. Ouviu-se simplesmente um som sicronizado: “OH!...”

Houve também muitos que gritavam após o silencio de minuto, e tudo se transformou em festa e bebedeira.

Ao retirar os corpos para serem transportados os açougueiros foram mordidos mortalmente por Constantine e Scarllet. As duas estavam de pé e gargalhavam com imensa galhardia e deboche, foi um verdadeiro corre, corre, o povo estava em pânico com o que assistiam. Um clarão iluminou a todos os presentes, em seguida um trovão estremeceu o solo ao redor do palácio, um vento quente e mórbido arrepiou a todos. Em seguida, Constantine e Scarllet uivaram como em noite de lua cheia, transformando-se em dois chacais, logo em seguida passaram a forma de águias.

Uma luz dourada envolveu seus corpos de rapina, então puseram-se a atitar como se anunciassem a vingança vindoura, muito antes do que todos pudessem imaginar. Os fiéis arqueiros do Rei encontravam-se estáticos, nada fizeram. Assim, as águias alçaram o vôo cego ao desconhecido.

A noite estava próxima, a festa havia acabado e o Sr: Tortuon estava patéticamente descontrolado, o papa do mal, havia descoberto seu grande desafio e imponente opositor, com poderes tão grandiosos quanto os dele. O corvo deu três corvejadas e partiu rumo à escuridão. Realmente, anunciava-se uma noite longa e tenebrosa para o Palácio de Gaillard. As vielas tornaram-se desertas e sombrias, ao longe, ouvia-se o uivar dos chacais, a lua dourada iluminava as trevas, auxiliada pelas cintilantes estrelas em um súbito âmago de alegria conjecturada com a tristeza da verdadeira essência humana. A mesma brisa continuava a soprar, fenos enrolados como bola, deslizavam pelas ruas vazias. O ar mórbido passou a ser par constante do Castelo Real de Gaillard.

D’Atrois, não conseguia ocultar sua revolta e junto a ela sua parcela de temor, isso se espelhava em sua fisionomia abatida e temerária do que viria pela frente.

Ordenou o início da caçada aos Judeus. Os que aceitassem doar suas riquezas e adotar o cristianismo como “Novos Cristãos” sobreviveriam, os que não, assinariam uma doação de todos os seus bens e seriam exterminados em mais uma série de Autos da Fé! Ou cederiam suas riquezas ou seriam dizimados, os convertidos serviriam ao Rei recebendo rações e pequenas quantias por lealdade a ele a seu Deus.

“Monseigneur Tortuon”, já em seu mosteiro do mal iniciou sua perversidade planejada juntamente com seu bispo. Penélope estava com quatro meses de gravidez, foi levada ao ritual. Ela teria que doar uma parcela ínfima do seu sangue para o ritual de fecundação do primogênito algoz do poder supremo do lado negro da luz.

Assim foi feito, Joubert Destonjour e Joana Martine foram preparados pelo bispo Josef para serem ritualizados, ambos beberam o coquetel dos sonhos e foram possuídos pelo poder da alucinação e lavados a orgia da fecundação. Depois de Joubert possuir Madame Tortuon e fecundá-la, foi possuído pelo senhor do mal, Tortuon o depravou até a morte, bebeu seu sangue e saboreou suas vísceras. Foi chegada há hora de Joana!

Esta abusada iniciou suas artimanhas sedutoras e ousadas tentando safar-se das crueldades de poder negro, porém foi em vão! Teve o mesmo fim. O Senhor do Mal bebeu a madrugada toda festejando, suas visões comprovavam seu sucesso. Seu reino do eterno poder estava nascendo, os próximos passos seriam catequizar adeptos ao seu reino e suplantar o poder que lhe foi demonstrado no enforcamento derrotando seus opositores e desafiantes sem dó e nem piedade.





O Merlin



Carlos Sant’ Anna

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