'O Nascer das Trevas"

'O Nascer das Trevas"

O Merlin Da Magia Sombria...

O Merlin Da Magia Sombria...

Stefany....

Stefany....
A Rainha da luz das trevas... Veja mais....

quarta-feira, 17 de março de 2010

Nascer das Trevas...



”Primeira parte"


Outubro de 1977, Islândia, a terra do fogo.
Uma noite incomum no modelo habitual daquele país.
O corvo flutuava corvejando ao céu, no exato momento, parecia mais uma ave dourada perante o reflexo do luar dominante, o que na realidade brindava o olhar atento da sabedoria.
Banhava-se ao luar pouco comum naquela época do ano.
Embora outono, onde na América do Sul, região tropical, precisamente no Brasil, às tardes noites são diferencialmente glamourosas.
A Islândia é diferente, curiosamente, vivenciar uma noite como a que viveu Stefany Nerjana, é fato inédito e indescritível.
Uma mulher jovem, 21 anos, corpo sedutor, dona de um olhar intrigante, misterioso ao extremo, personalidade forte, dominadora por excelência.
Stefany encontrava-se sentada em uma rocha milenar, hipnotizada pela energia exercida pela lua ao seu interior, seus pensamentos e desejos fluíam com naturalidade em seu semblante, suas veias tornavam-se visíveis, o coração parecia sair de dentro do peito, ao longe se ouvia o ulular do lobo glacial, podia-se imaginar seu olhar faminto de energia, sangue, de satisfazer seu cio em plena lua cheia. Isto causava-lhe arrepios e serenidade ao mesmo tempo.
Porém, Stefany sentia-se gélida, em seus pensamentos, vagavam em trilhas da excitação.
O sabor de sangue misturava-se ao vinho que degustava lentamente.
Era como se ritualizasse aquele momento raro em pleno inverno ártico.
Pairava no ar o clamor das trevas, parecia anunciar seu renascimento definitivo para a eternidade.
Não tardava a lua, esconder-se-ia entre as geleiras, o oceano que por sua vez demonstrava seu contentamento gozando de uma calmaria invejável.
A brisa suave soprava seu rosto pálido, denunciando uma expectativa assustadora.
Aos poucos Stefany foi sendo possuída por uma sensação animal, a tensão aumentava, o corvo veio congratulá-la corvejando como se, anuncia-se sua missão.
Os olhos da ave luziam como estrelas, era hipnotizante.
Naquele exato instante sentia-se uma Succubus, sentia-se fervilhando, o corpo aquecido, era uma sensação assustadora.
O oceano que por sua vez passou a demonstrar sua impaciência, já não existia a tal calmaria.
As entranhas da jovem latejavam sufocadas pelos desejos carnais, tão profanos quanto às suas imaginações, um desejo único e forte o bastante para não conseguir ter controle dos seus atos.
Estava suplicando energia, a lua não bastava, haveria de ser algo maior e mais próximo, energia de um ser vivo!
Um Inccubus, isso que necessitava, mas como?
O poder magnético do pensamento de Stefany passou a vasculhar a terra do fogo como se fosse o quintal da própria casa, tamanha a velocidade empreendida pelos seus anseios e visões.
A jovem transcendia, não podia ser postergado, à noite não poderia partir antes de atingir o êxtase do renascimento. O tempo parecia ter parado para Stefany. Nada mais importava, aquele era o momento da sua sagração, a imortalidade e a revelação do poder da luz das trevas estavam sob sua responsabilidade a partir daquele instante.
“Há séculos antes de Cristo, a mulher e o homem, descobriram e comungaram o poder de transcender através do tempo.
Era a libertação do fogo da serpente, o sexo anal praticado pela mulher, liberava uma enzima que percorria a dorsal até o cérebro, o qual funcionava como uma máquina do tempo, os corpos eram dispensáveis, os cérebros e forças unificavam-se, tornando-os indestrutíveis.
Assistiam o futuro, o passado, influíam na vida das pessoas e da natureza como um todo.
Ao descobrirem a força, as atenções dos regentes épicos chegaram à conclusão que tal poder haveria de ser dizimado:
“Um mundo onde homens e mulheres controlam mentalmente todas as situações, seria impossível governar, dominar em proveito próprio.”
Vieram as perseguições, difamações e o segredo debelado aos poucos. Tornando-se extremamente restrito.
O mundo jamais poderia tomar conhecimento de tal poder.
Foram caçados, queimados, torturados e dizimados, criou-se um clã para reter estas informações.
“Passou a ser coisa do demônio”
As mulheres eram desmoralizadas e decapitadas por burgueses socializados pela corrupção e a ganância do poder. “Os carrascos fantasiados em nome da justiça de Deus.”
Este clã passou a ser conhecido como:
“IGREJA”. MAIS TARDE CATÓLICA, ENTÃO VEIO O VATICANO. “O PAPA E OUTRAS ABERRAÇÕES.”
Foi o maior banho de sangue que a humanidade já conheceu ou tomou conhecimento, bilhões de assassinatos em nome do nada!
Com a mulher satânizada, denominada como “BRUXA” e tudo ficou mais fácil, pois o poder é da mulher, no clero, veio o celibato, o medo era e é maior do que eles.
A submissão pelo terror veio vulgarizar a sabedoria, ela tornou-se promíscua, hoje desconhecem seu próprio valor, sua essência interior.
Mas... Felizmente, a conhecida como “as trevas”, renasceria para aniquilar a extinguir a ignorância, o terror foi imposto para extirpar a insanidade, à vida, mas... O poder da luz retornou à sua essência, as trevas só existiram para os medonhos. Naquela noite a sabedoria, a verdade reassumiria o direito à vida!”
Stefany estava por sagrar-se “Senhora da Sabedoria, Rainha da Luz das Trevas.”
Há hora era chegada, Stefany sentia-se pronta, sabia o seu destino, sua responsabilidade total, o que ela viria a representar.


Stefany sentia cada vez mais próximo o uivar do lobo, seu corpo todo estava arrepiado, o sabor de sangue aumentava em sua boca, repentinamente recebeu do nada uma rosa vermelha e a beijou sensualmente, a vontade de sentir-se possuída aumentava misteriosamente, estava quase desfalecendo quando de súbito surge em frente aos seus olhos o desejado inccubus, alto forte, alado, excessivamente energizado, envolto a uma luz intensa e poderosa.
Wofthortes; este era seu nome, tomou-a em braços e pôs-se a voar em direção a lua.
Pousaram em uma reserva oculta entre as geleiras, havia grama e um platô de pedra, parecia um leito mortal, mas não, ao pousar foram sucumbidos ao centro da terra.
O calor era muito forte, Mas... Stefany nada sentia apenas paz interior naquele exato momento.
Ao centro fervilhante da terra, abre-se um portal, do qual surge à luz, o poder, tudo naquele instante parou, Stefany sentia a morte em seu interior.
O inccubus já estava totalmente nú e com um punhal em mãos.
Puxando Stefany pelo braço, envolveu-a em carícias,
“O Fogo da Serpente”, a força liberada; foram horas de sexo, partiram em rumo à transcendência.
Ao retornarem ao portal, Wofthortes passa o punhal com precisão cirúrgica e sutil na garganta de Stefany.
O sangue jorra longe, alcança o interior do portal, Wofthortes, por sua vez, alimenta-se do mesmo com sede voraz, o ritual estava sendo cumprido.
Wofthortes faz o mesmo com o próprio pescoço.
O Sangue do inccubus jorrava ao interior do portal, a luz intensifica-se assustadoramente, aproximava-se uma explosão sem precedentes, porém foi diminuindo, inccubus já desfalecendo assiste e sente Stefany à Succubus bebendo seu sangue, renascendo para eternidade!
Raios e trovões agigantavam-se rasgando o céu.
Não restaram marcas, muito menos cicatrizes.
Novamente a luz intensificava-se, mas...
De forma diferente:
Uma voz ecoou ao vazio:
“Vocês estão libertos! A luz renasceu”
“Agora, sagro-os Rei e Rainha da luz das trevas, detentores da sabedoria eterna e guardiões da magia, reconquistadores e reconstrutores do velho mundo.
Indestrutíveis tais qual a luz:
Sigam em frente, não permitam às derrotas;
São detentores do poder do universo, use-os;
Administrem à imortalidade, a fronteira do tempo para os Reis da luz não existe!
“As trevas”! Foi à denominação encontrada para obscurecer ou fazer ignorar a maior concentração de poder da existência humana e universal, à luz!”
Cumpram suas missões!”
“Após tudo, sabem agora que as trevas nunca existiram! Só a luz”
“Treva é a nomenclatura da ganância despropositada pelo poder e a sabedoria, é a extinção do livre arbítrio, a imposição da ignorância e do fanatismo.”
Assim, o reinado da sabedoria renasceu, ao retornarem ao platô, uma chuva de pétalas de rosas vermelhas saudava a realeza, ao longe a lua despedia-se, a missão estava cumprida, veio à presença do lobo, do corvo, a natureza contemplava uma nova era.
Uma nova era sem promessas e ultrajes, agora o trabalho, a mudança estava apenas começando!
- Como?
- Vocês é que vão responder!
- A luz e a eternidade são testemunhas...
- Vocês! Os juízes!
                                            


Boa noite!


Carlos Sant'Anna
Colunista
http://www.jornaldacidadeonline.com.br/
http://erotismoesaliencias.blogspot.com/
http://carlossantannapoeta.blogspot.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A luz das trevas há de iluminar seus caminhos...