'O Nascer das Trevas"

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O Merlin Da Magia Sombria...

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Stefany....

Stefany....
A Rainha da luz das trevas... Veja mais....

domingo, 18 de abril de 2010

O nascer das trevas - IV


“A disputa pelo poder”


Stefany, a Rainha da luz encontra-se revoltada!
- Como o Papa que prega tanto o bem pode ser ao mesmo tempo o símbolo do mal?
Mas... São confidências e cumplicidades.
Não é fácil imaginar, o Papa, hermafrodita dando à luz ao seu caçula vingador!
- Não pode! Isso não vai acontecer!
Mas na verdade, teria que acontecer, não foi permitido a Rainha reverter a situação,
lógico, o motivo não foi revelado.
- Mas... Já havia sido gerado o filho do mal ou não. No Castello de Gaillard, O Rei D’Atrois está reunido com seus três filhos, eles ainda questionam o ocorrido quando do enforcamento da Rainha mãe. Eles querem que o Rei explique o acontecido. Acusam o Rei de entregar a Rainha ao diabo em um pacto pelo dinheiro para salvar o Reino quase falido. Enquanto isso o terror se espalha pelas cercanias do Castelo Real. Judeus são presos e torturados hora após hora, à França faz sua inquisição particular em nome da igreja e de Deus. Rapidamente o dinheiro começa a trazer prosperidade ao “Tesouro Real”, tudo que Sua Majestade, o Rei D’Atrois poderia imaginar e desejar. Os negócios de cada família era passado para a Corte legalmente, com assinatura dos torturados, famílias inteiras eram presas e enforcadas em nome da traição, confessavam que: Eram adeptos do diabo, o Ouvidor então nomeava um interventor para iventariar o valor existente, o que irá faturar futuramente, os impostos pagos eram recalculados para dar legalidade à ação criminosa do poder Real. As crianças eram encaminhadas para o Papa do mal, daquele momento em diante suas vidas não significavam mais nada, passavam a ser objeto de estupros silenciosos e vampirismo atrelado ao canibalismo. Tudo de forma legalizada. A psicopatia era o ponto alto da conduta Papal Monseigneur Tortuon resolve então que: Não podia continuar na França, sua barriga crescia rapidamente, até então dava para disfarçar, ele já era gordo por natureza, porém as coisas estavam passando dos limites, o Papa praticamente não era visto andando pela cidade.






Quando muito do seu Mosteiro até o Gaillard, em carruagem Real fechada, isto quando havia extrema necessidade. Desta forma, teria que nomear um Bispo para exercer o Papado interinamente durante sua ausência. Logo seu braço direito o acompanharia à Hungria onde nasceria “Merlin Tortuon” O herdeiro de toda magia do perverso e seria criado em regime de tirania e poder a qualquer preço. Josef Desiré foi incumbido de zelar pela criação de Merlin na Hungria, em um distante lugarejo, simplesmente os dois facínoras não sabiam que Stefany já era sabedora dos seus planos, afinal, já havia informantes dentro do castelo e mais, quando em forma de corvo, bisbilhotava a distancia as tramas do maligno, Stefany aguardava o momento exato do confronto. Com a chegada do “Rei das trevas” o Inccubus Wofthortes da sua missão totalmente bem sucedida, com mais de 3.000 soldados da luz e a Succubus “Rainha Stefany” tendo escravizando Rouge Du Trye, homem de confiança do Rei D’Atrois, o Gaillard seria facilmente dominado, lógico, lentamente para não causar alarde. Monseigneur Tortuon, era sabedor dos poderes da Luz, porém, não conseguia penetrar em seus planos para o combate que estava por vir. Com todo o seu poder, o invisível era indetectável, sentia a energia, mas não a identificava com clareza e muito menos influenciá-la, artimanha da “Energia Suprema da Sabedoria Universal” que acompanhava a missão atentamente.
“Afinal, esta sabedoria poderia dar fim ao que desejasse, mas não era a atitude correta, cada um haveria de fazer sua(s) parcela(s) de sacrifício(s) para obter o sucesso e a vitória final, ou não. Tudo dependeria de planejamento, sacrifícios e destreza. Não existem milagres, a vida é feita de perseverança e atitude, o verdadeiro deus é e está no coração e no cérebro de cada um, isto atrelado ás suas atitudes. A eternidade, simplesmente manifesta-se na paz interior que você vive no seu dia a dia. É a certeza da missão cumprida. O resto é pura ilusão fantasiosa e alienadora.”
Stefany ordena às suas mais novas vingadoras uma sessão de terror no Gaillard, mas, não quer por enquanto recrutamentos, apenas levá-los ao auge do desespero com aparições seqüenciadas em lugares precisos. A idéia era, descredibilizar pessoas chaves, pois assim, ao saber da destituição, aí sim, sabendo quem seria o sucessor, sua intervenção aconteceria imediatamente, e desta forma tomaria o poder de comando sem fazer alarde. Constantine e Scarllet passam a assombrar os mandatários do Rei, os homens diretamente ligados ao poder, bem como as crianças castelanas, pois assim a repercussão seria bem maior. Foi o suficiente para o pânico geral, em pouco tempo o Rei via-se perdidamente desorientado, trocando seus homens de confiança. Porém, uma coisa Stefany não contava que acontecesse. Instintivamente D’Atrois, nomeou seus três filhos aos cargos mais importantes do seu reinado. Isto claro deixou Constantine de certa forma impotente. Embora não sendo mais portadora de um coração vivo, a energia materna continuava a atuar como se fosse um bloqueio. Mas, a Rainha da luz é muito astuta para ser incomodada por banalidades, tratou de enviar Constantine para uma missão com o Rei Inccubus Wofthortes, assim Scarllet, recebeu outras três jovens lindíssimas e sedutoras recatadas para tarefas específicas. Haveria uma festa para a posse dos príncipes, esta era a maior oportunidade que Stefany teria dentro das regras da legalidade. Nem mesmo o Rei imaginaria que seus filhos passariam a serem escravos da luz. Os príncipes Evans D’Atrois, Eduardo D’Atrois e Richard D’Atrois eram três devassos, viviam em prostíbulos secretos aos arredores da França disfarçados de cidadãos comuns para prática de suas orgias particulares. Muito vinho, comidas, e muitas mulheres para ser devassadas, o que por sinal era fruto de prazer, ainda mais com agravante do dinheiro pelo prazer, as faziam mais ousadas. Outro problema que havia e este era segredo real, era o bissexualísmo de Richard. Ele gostava de rapazes, mais do que as prostitutas, mas na presença dos outros irmãos mostrava-se másculo. O que Richard não sabia era que: Evans e Eduardo sabiam dos seus dotes femininos, porém reservavam-se ao silêncio absoluto para não macular a dignidade do príncipe e irmão. Veio o dia da festa, e tudo estava perfeito, a Princesa Stefany da Hungria, acompanhada de Rouge Du Trye, chega à corte acompanhada de três belíssimas scandinávias... Algo nunca assistido com tanta curiosidade pelos presentes. Não faltaram assédios de quase todos os convidados e membros da corte. Principalmente dos príncipes. Mas, elas estavam atentas e não facilitaria a conquista, isto era fator preponderante na ação planejada por Stefany. Muito champagnes e vinhos, dançaram o minueto e por ai à diante, as famosas fofocas pelos cantos ao pés de ouvido, risadinhas indecentes, e a noite seguia. Lá pelas tantas, Evans sai com Jeniffer sem ser percebido, enquanto isso, Richard insinua-se a uma conversa reservada com Rouge, o que deixou Stefany radiante, porém demonstrou-se enciumada, com certa moderação e um charminho palaciano, bem próprio das mulheres possessivas que vivenciam a corte. Evans levou Jeniffer ao interior secreto do castelo onde fazia suas orgias com as serviçais mais ousadas e bem dispostas ao risco da forca ou da fogueira. Assim, cheio de desejos da carne, Evans tornou-se presa fácil para a escrava da luz. Evans D’Atrois foi feliz ao amor da carne exuberante de Jeniffer. Ousou todos seus caprichos masculinos ao extremo da devassidão, ela aguardava à hora da mordida com paciência não poderia falhar, Evans nunca poderia suspeitar de nada, haveria de ser possuído e comandado, sem saber que encontrava-se escravizado pela luz. Simplesmente seguiria sua intuição. E assim aconteceu, certa hora Evans deu um cochilo espalhado na cama, foi o tempo suficiente para ser mordido, Jennifer foi perfeita, não deixou marcas. Diferente das vampiras, as succubus dominavam a arte da discrição. Não deixar marcas em suas vítimas era fator fundamental em suas ações. Ao acordar Evans sentiu uma leve tontura, resmungou um pouco e tornou a amar Jeniffer. Depois retornaram ao salão real sem chamar a atenção, foi como se estivessem conversando em outro local palaciano. Eduard e Richard foram igualmente mordidos. Somente Richard teve um sabor diferente e uma mordida diferente, foi Rouge que o fez de mulher e “inccubus”. Mas, para não demonstrar seus recatos de bissexual, deixou-se envolver com Regine’s, fez sua parte macho, mesmo que parcialmente, fora mordido duas vezes. A solenidade de posse contou com o Papa do mal, e não teve muita pompa, chegou a ser simples; Pois Tourtuon não desejava se expor na corte, temia alguma ação da luz para desmoralizá-lo. Certo momento viu-se em apuros sob o olhar insistente de Stefany. Logo, tratou de partir discretamente, no entanto foi seguido para a luz ter absoluta certeza que não iria inventar nada que pudesse vir a causar complicações a ação Rainha da Stefany.




O Bruxo

domingo, 4 de abril de 2010

O nascer das trevas – Parte – III


Do enforcamento à ressurreição.


Depois das ordens dadas pela Rainha da luz, as duas novas adeptas à eternidade, Constantine e Scarllet, aguardam o dia do enforcamento. O clima no Castelo Gaillard estava carregado de energias mórbidas. Os súditos conversavam escondidos aos arredores dos jardins, não entendiam muito a atitude do Rei, nunca havia tomado uma atitude tão severa quanto à sua Rainha. Pelo menos, as noticia que chegavam, nunca iam ao encontro de tal atrocidade.

O novo Papa havia sido escolhido por unanimidade, tratava-se de um servo de tamanha inescrupulosidade. Era conhecido por em certa fase da sua vida, ter exercido o posto de carrasco em um pequeno lugarejo da Romênia, embora sendo descendentes de Drusos, tinha o terror em seu olhar, era chamado “Monseigneur Tortuon”. Mas, havia algo mais curioso ainda a seu respeito, corria pelas vielas do reino um comentário silencioso que se tratava de um hermafrodita! Dono do domínio da morte e da sabedoria magística da escuridão.

O reino de D’Atrois passava por um momento financeiro bastante agudo, as reservas reais estavam em seu final, buscava loucamente uma solução. Os banqueiros Judeus já se esquivavam dos empréstimos à corte porque estes nunca eram saldados pelo Rei. Mas a majestade era suprema e sempre achava uma forma de reerguer suas finanças.

Eram festas colossais, vinhos caros, sedas indianas ou chinesas, jóias raras, faisões e todo o requinte e ostentação de um reino próspero.

Monseigneur Tortuon havia construído um mórbido mosteiro subterrâneo aos arredores de Paris, mais a oeste para ser correto. Lá florescia e exercia suas taras, orgias sexuais e ritualistas para manutenção do poder que o faziam ser o símbolo do terror cristão, porém, demonstrava sempre uma face angelical aos seus fiéis.

A inquisição, as cruzadas gastavam a maior parte das finanças, a economia real demonstrava-se definitivamente infecunda, com isso Tortuon havia declarado à D’Atrois seu plano maquiavélico para reforçar a economicamente o reino. Desta forma, deu início a primeira caça aos Judeus em pleno solo Francês. Uma inquisição particular. O capelão Oragon Tennué informou ao Rei que temia as consequencias. Alegava que: Dois enforcamentos, principalmente tratando-se da Rainha Constantine e sua Page Scarllet, ambas tidas como o orgulho do reino e o início da caça aos Judeus poderiam por fim à supremacia em suas colônias e gerar uma revolta em cadeia, o que desestabilizaria seu reinado de forma inimaginável.

Embora os Templários tivessem sidos desmantelados, ainda sim o exército real saberia controlar tal situação, caso algo desse errado.

Pelo menos era o que pensava D’Atrois. O plano foi diabólico traçado pelo papa.

A Rainha da luz tornou-se ciente das grandes propostas desalentadoras do Rei e seus súditos leais, revoltada, aguardava o memento de desfechar seu ataque derradeiro a toda aquela podridão, mas... As coisas não eram tão simples assim, seu Rei, o Inccubus ainda não havia chegado à França com seu exército eternizado e além do mais , Tortuon exercia uma prática muito próxima a dela, porém de uma maneira animalesca e sórdida. O Papa sofria de canibalismo pscicopático. Na sua sede de poder eterno, perdeu-se no caminho da perversidade e da pedofilia. Não eram sós às meninas de 12 a 16 anos que eram usadas em seus ritos, os meninos, também. Afinal, tratando-se de um hermafrodita, vivenciava o pensamento e a certeza que:

“Sendo ele portador dos dois sexos e eles totalmente atuantes, poderia reunir energias múltiplas e tornar-se único no universo a comandar o planeta em sua plenitude, O Rei dos Reis”.

Isto era um pesadelo nas eternas noites de Stefany.

Algo haveria de ser feito, antes de tudo isso progredisse a ponto de se tornar inadiministrável.

“Monseigneur Tortuon”, não suportava os Judeus, já que seu plano havia sido aprovado pelo Rei D’Atrois , crianças eram capturadas em aldeias longíncuas e levadas à noite para seu mosteiro secreto.

Tratadas inicialmente com zelo e amor, acabavam entregando-se a sedução satânica do papa. As meninas que estavam na faixa de 14 a 16 anos eram separadas, as de menos idade hospedavam-se em outro cômodo bem distante, bem como os meninos.

Foi quando o Tortuon apaixonou-se por Penélope, uma bela adolescente de 16 aninhos, loira, linda, corpo esbelto e sedutor. Certa noite mandou seu bispo levá-la aos seus aposentos para jantar e beber vinho. Penélope sabia que era o pior, mas, não havia como resistir. Foi estuprada cruelmente pelo monstro papal. O mais grave de tudo que meses depois, com o passar do tempo Penélope viu-se grávida do seu estuprador.

As atrocidades aumentavam, bem como a loucura pela busca a soberania real, o poder de ser único e eterno. Tortuon passou a sacrificar as menores meninas, degustar suas vísceras e beber o sangue, o resto era entregue aos açougueiros que por sua vez alimentavam os abutres após esquartejar suas vítimas.



“Açougueiros: Era o nome dado ao homem que preparava o morto para o rito funeral, ou melhor, alimentar os abutres, uma vez que os corpos não poderiam ser encontrados, os restos eram ossos que acabariam triturados e vendidos às fábricas caseiras de sabão.”




Mas, curiosamente não bastavam às meninas, os meninos também passaram a ser alvo do intrépido Tortuon. Por ser ele, hermafrodita, sonhava ser a mãe da supremacia: Gerar um filho perfeito de duplo espírito e sexualidade una, o tutor do poder do universo. Designou o bispo, seu cúmplice, Josef Desiré, para investigar as qualidades de caráter, beleza, inteligência, severidade, luxurioso e friamente calculista, um conjunto quase impossível de ser encontrado. Por fim o bispo encontrou o jovem perfeito para o plano do bárbaro, Joubert Destonjour.

Planejou maquiavelicamente uma forma de dopar o jovem, um coquetel de ervas alucinógeno: Durante o ritual pré-estabelecido em uma noite especial, tudo estava perfeito, seu traje feminino, perfumes, até a sunga que lhe esconderia o penis, isto até o final do rito de fecundação. Como não poderia deixar de ser, havia outra adolescente envolvida em seu plano, Joana Martinez, esta judia espanhola, sangue quente, ousada, petulante, devassa, pois aliciava outras adolescentes em seus aposentos cárceres, as quais lhes concediam todas as vontades, até as mais absurdas que pudesse parecer.

As cercanias do Castelo de Gaillard estava cheia de súditos de um reinado terrorista, na praça o “Auto da Fé”:

“Palco armado para leitura das sentenças e suas execuções”.

Posteriormente a festa em homenagem a glorificação do poder da majestade suprema. Os corpos seriam arrastados por toda cidade até serem tratados pelos açougueiros, depois queimados em uma fogueira de eucalipto para poupar doenças e o mau cheiro. Stefany aguardava furiosamente o momento chave da libertação das suas súditas à eternidade. Temia a reação do povo ao ver as duas enforcadas ressuscitar na presença do Rei e toda sua corte, mais terrível ainda seria assisti-las tornarem-se águias e partir em vôo cego rumo ao desconhecido.

Stefany em forma de corvo observava todo o ritual silenciosamente, ouviu a leitura das condenações, as cordas foram aos pescoços, trombetas reais soaram ao fundo, logo após as sete badaladas simetricamente planejadas para anunciar o terror e a execução foi deflagrada. Ouviu-se simplesmente um som sicronizado: “OH!...”

Houve também muitos que gritavam após o silencio de minuto, e tudo se transformou em festa e bebedeira.

Ao retirar os corpos para serem transportados os açougueiros foram mordidos mortalmente por Constantine e Scarllet. As duas estavam de pé e gargalhavam com imensa galhardia e deboche, foi um verdadeiro corre, corre, o povo estava em pânico com o que assistiam. Um clarão iluminou a todos os presentes, em seguida um trovão estremeceu o solo ao redor do palácio, um vento quente e mórbido arrepiou a todos. Em seguida, Constantine e Scarllet uivaram como em noite de lua cheia, transformando-se em dois chacais, logo em seguida passaram a forma de águias.

Uma luz dourada envolveu seus corpos de rapina, então puseram-se a atitar como se anunciassem a vingança vindoura, muito antes do que todos pudessem imaginar. Os fiéis arqueiros do Rei encontravam-se estáticos, nada fizeram. Assim, as águias alçaram o vôo cego ao desconhecido.

A noite estava próxima, a festa havia acabado e o Sr: Tortuon estava patéticamente descontrolado, o papa do mal, havia descoberto seu grande desafio e imponente opositor, com poderes tão grandiosos quanto os dele. O corvo deu três corvejadas e partiu rumo à escuridão. Realmente, anunciava-se uma noite longa e tenebrosa para o Palácio de Gaillard. As vielas tornaram-se desertas e sombrias, ao longe, ouvia-se o uivar dos chacais, a lua dourada iluminava as trevas, auxiliada pelas cintilantes estrelas em um súbito âmago de alegria conjecturada com a tristeza da verdadeira essência humana. A mesma brisa continuava a soprar, fenos enrolados como bola, deslizavam pelas ruas vazias. O ar mórbido passou a ser par constante do Castelo Real de Gaillard.

D’Atrois, não conseguia ocultar sua revolta e junto a ela sua parcela de temor, isso se espelhava em sua fisionomia abatida e temerária do que viria pela frente.

Ordenou o início da caçada aos Judeus. Os que aceitassem doar suas riquezas e adotar o cristianismo como “Novos Cristãos” sobreviveriam, os que não, assinariam uma doação de todos os seus bens e seriam exterminados em mais uma série de Autos da Fé! Ou cederiam suas riquezas ou seriam dizimados, os convertidos serviriam ao Rei recebendo rações e pequenas quantias por lealdade a ele a seu Deus.

“Monseigneur Tortuon”, já em seu mosteiro do mal iniciou sua perversidade planejada juntamente com seu bispo. Penélope estava com quatro meses de gravidez, foi levada ao ritual. Ela teria que doar uma parcela ínfima do seu sangue para o ritual de fecundação do primogênito algoz do poder supremo do lado negro da luz.

Assim foi feito, Joubert Destonjour e Joana Martine foram preparados pelo bispo Josef para serem ritualizados, ambos beberam o coquetel dos sonhos e foram possuídos pelo poder da alucinação e lavados a orgia da fecundação. Depois de Joubert possuir Madame Tortuon e fecundá-la, foi possuído pelo senhor do mal, Tortuon o depravou até a morte, bebeu seu sangue e saboreou suas vísceras. Foi chegada há hora de Joana!

Esta abusada iniciou suas artimanhas sedutoras e ousadas tentando safar-se das crueldades de poder negro, porém foi em vão! Teve o mesmo fim. O Senhor do Mal bebeu a madrugada toda festejando, suas visões comprovavam seu sucesso. Seu reino do eterno poder estava nascendo, os próximos passos seriam catequizar adeptos ao seu reino e suplantar o poder que lhe foi demonstrado no enforcamento derrotando seus opositores e desafiantes sem dó e nem piedade.





O Merlin



Carlos Sant’ Anna

quarta-feira, 17 de março de 2010

Nascer das Trevas...



”Primeira parte"


Outubro de 1977, Islândia, a terra do fogo.
Uma noite incomum no modelo habitual daquele país.
O corvo flutuava corvejando ao céu, no exato momento, parecia mais uma ave dourada perante o reflexo do luar dominante, o que na realidade brindava o olhar atento da sabedoria.
Banhava-se ao luar pouco comum naquela época do ano.
Embora outono, onde na América do Sul, região tropical, precisamente no Brasil, às tardes noites são diferencialmente glamourosas.
A Islândia é diferente, curiosamente, vivenciar uma noite como a que viveu Stefany Nerjana, é fato inédito e indescritível.
Uma mulher jovem, 21 anos, corpo sedutor, dona de um olhar intrigante, misterioso ao extremo, personalidade forte, dominadora por excelência.
Stefany encontrava-se sentada em uma rocha milenar, hipnotizada pela energia exercida pela lua ao seu interior, seus pensamentos e desejos fluíam com naturalidade em seu semblante, suas veias tornavam-se visíveis, o coração parecia sair de dentro do peito, ao longe se ouvia o ulular do lobo glacial, podia-se imaginar seu olhar faminto de energia, sangue, de satisfazer seu cio em plena lua cheia. Isto causava-lhe arrepios e serenidade ao mesmo tempo.
Porém, Stefany sentia-se gélida, em seus pensamentos, vagavam em trilhas da excitação.
O sabor de sangue misturava-se ao vinho que degustava lentamente.
Era como se ritualizasse aquele momento raro em pleno inverno ártico.
Pairava no ar o clamor das trevas, parecia anunciar seu renascimento definitivo para a eternidade.
Não tardava a lua, esconder-se-ia entre as geleiras, o oceano que por sua vez demonstrava seu contentamento gozando de uma calmaria invejável.
A brisa suave soprava seu rosto pálido, denunciando uma expectativa assustadora.
Aos poucos Stefany foi sendo possuída por uma sensação animal, a tensão aumentava, o corvo veio congratulá-la corvejando como se, anuncia-se sua missão.
Os olhos da ave luziam como estrelas, era hipnotizante.
Naquele exato instante sentia-se uma Succubus, sentia-se fervilhando, o corpo aquecido, era uma sensação assustadora.
O oceano que por sua vez passou a demonstrar sua impaciência, já não existia a tal calmaria.
As entranhas da jovem latejavam sufocadas pelos desejos carnais, tão profanos quanto às suas imaginações, um desejo único e forte o bastante para não conseguir ter controle dos seus atos.
Estava suplicando energia, a lua não bastava, haveria de ser algo maior e mais próximo, energia de um ser vivo!
Um Inccubus, isso que necessitava, mas como?
O poder magnético do pensamento de Stefany passou a vasculhar a terra do fogo como se fosse o quintal da própria casa, tamanha a velocidade empreendida pelos seus anseios e visões.
A jovem transcendia, não podia ser postergado, à noite não poderia partir antes de atingir o êxtase do renascimento. O tempo parecia ter parado para Stefany. Nada mais importava, aquele era o momento da sua sagração, a imortalidade e a revelação do poder da luz das trevas estavam sob sua responsabilidade a partir daquele instante.
“Há séculos antes de Cristo, a mulher e o homem, descobriram e comungaram o poder de transcender através do tempo.
Era a libertação do fogo da serpente, o sexo anal praticado pela mulher, liberava uma enzima que percorria a dorsal até o cérebro, o qual funcionava como uma máquina do tempo, os corpos eram dispensáveis, os cérebros e forças unificavam-se, tornando-os indestrutíveis.
Assistiam o futuro, o passado, influíam na vida das pessoas e da natureza como um todo.
Ao descobrirem a força, as atenções dos regentes épicos chegaram à conclusão que tal poder haveria de ser dizimado:
“Um mundo onde homens e mulheres controlam mentalmente todas as situações, seria impossível governar, dominar em proveito próprio.”
Vieram as perseguições, difamações e o segredo debelado aos poucos. Tornando-se extremamente restrito.
O mundo jamais poderia tomar conhecimento de tal poder.
Foram caçados, queimados, torturados e dizimados, criou-se um clã para reter estas informações.
“Passou a ser coisa do demônio”
As mulheres eram desmoralizadas e decapitadas por burgueses socializados pela corrupção e a ganância do poder. “Os carrascos fantasiados em nome da justiça de Deus.”
Este clã passou a ser conhecido como:
“IGREJA”. MAIS TARDE CATÓLICA, ENTÃO VEIO O VATICANO. “O PAPA E OUTRAS ABERRAÇÕES.”
Foi o maior banho de sangue que a humanidade já conheceu ou tomou conhecimento, bilhões de assassinatos em nome do nada!
Com a mulher satânizada, denominada como “BRUXA” e tudo ficou mais fácil, pois o poder é da mulher, no clero, veio o celibato, o medo era e é maior do que eles.
A submissão pelo terror veio vulgarizar a sabedoria, ela tornou-se promíscua, hoje desconhecem seu próprio valor, sua essência interior.
Mas... Felizmente, a conhecida como “as trevas”, renasceria para aniquilar a extinguir a ignorância, o terror foi imposto para extirpar a insanidade, à vida, mas... O poder da luz retornou à sua essência, as trevas só existiram para os medonhos. Naquela noite a sabedoria, a verdade reassumiria o direito à vida!”
Stefany estava por sagrar-se “Senhora da Sabedoria, Rainha da Luz das Trevas.”
Há hora era chegada, Stefany sentia-se pronta, sabia o seu destino, sua responsabilidade total, o que ela viria a representar.


Stefany sentia cada vez mais próximo o uivar do lobo, seu corpo todo estava arrepiado, o sabor de sangue aumentava em sua boca, repentinamente recebeu do nada uma rosa vermelha e a beijou sensualmente, a vontade de sentir-se possuída aumentava misteriosamente, estava quase desfalecendo quando de súbito surge em frente aos seus olhos o desejado inccubus, alto forte, alado, excessivamente energizado, envolto a uma luz intensa e poderosa.
Wofthortes; este era seu nome, tomou-a em braços e pôs-se a voar em direção a lua.
Pousaram em uma reserva oculta entre as geleiras, havia grama e um platô de pedra, parecia um leito mortal, mas não, ao pousar foram sucumbidos ao centro da terra.
O calor era muito forte, Mas... Stefany nada sentia apenas paz interior naquele exato momento.
Ao centro fervilhante da terra, abre-se um portal, do qual surge à luz, o poder, tudo naquele instante parou, Stefany sentia a morte em seu interior.
O inccubus já estava totalmente nú e com um punhal em mãos.
Puxando Stefany pelo braço, envolveu-a em carícias,
“O Fogo da Serpente”, a força liberada; foram horas de sexo, partiram em rumo à transcendência.
Ao retornarem ao portal, Wofthortes passa o punhal com precisão cirúrgica e sutil na garganta de Stefany.
O sangue jorra longe, alcança o interior do portal, Wofthortes, por sua vez, alimenta-se do mesmo com sede voraz, o ritual estava sendo cumprido.
Wofthortes faz o mesmo com o próprio pescoço.
O Sangue do inccubus jorrava ao interior do portal, a luz intensifica-se assustadoramente, aproximava-se uma explosão sem precedentes, porém foi diminuindo, inccubus já desfalecendo assiste e sente Stefany à Succubus bebendo seu sangue, renascendo para eternidade!
Raios e trovões agigantavam-se rasgando o céu.
Não restaram marcas, muito menos cicatrizes.
Novamente a luz intensificava-se, mas...
De forma diferente:
Uma voz ecoou ao vazio:
“Vocês estão libertos! A luz renasceu”
“Agora, sagro-os Rei e Rainha da luz das trevas, detentores da sabedoria eterna e guardiões da magia, reconquistadores e reconstrutores do velho mundo.
Indestrutíveis tais qual a luz:
Sigam em frente, não permitam às derrotas;
São detentores do poder do universo, use-os;
Administrem à imortalidade, a fronteira do tempo para os Reis da luz não existe!
“As trevas”! Foi à denominação encontrada para obscurecer ou fazer ignorar a maior concentração de poder da existência humana e universal, à luz!”
Cumpram suas missões!”
“Após tudo, sabem agora que as trevas nunca existiram! Só a luz”
“Treva é a nomenclatura da ganância despropositada pelo poder e a sabedoria, é a extinção do livre arbítrio, a imposição da ignorância e do fanatismo.”
Assim, o reinado da sabedoria renasceu, ao retornarem ao platô, uma chuva de pétalas de rosas vermelhas saudava a realeza, ao longe a lua despedia-se, a missão estava cumprida, veio à presença do lobo, do corvo, a natureza contemplava uma nova era.
Uma nova era sem promessas e ultrajes, agora o trabalho, a mudança estava apenas começando!
- Como?
- Vocês é que vão responder!
- A luz e a eternidade são testemunhas...
- Vocês! Os juízes!
                                            


Boa noite!


Carlos Sant'Anna
Colunista
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

“O Nascer Das Trevas” II – Parte - O Castelo Gaillard.


“O Nascer Das Trevas” II – Parte.


O Castelo Gaillard.


Castelo Gaillard, a Rainha Stefany volta ao ano de 1314. As noites sombrias eram seu ápice de satisfação interior, a eternidade de uma Succubus, verdadeiramente, Rainha das Trevas.
Os corvos crocitavam sob os telhados gélidos do castelo, mais tarde, os lobos postavam-se a uivar junto às muralhas.
Éra a prisão Real, suas treze torres, onde uma delas guardava a Rainha adultera deposta do trono, tinha em seu sangue o precioso elemento que induzir às trevas, perversa tanto quanto a perversidade.
O Castelo de Gaillard, acima do povoado de Petit-Andelys, comandava toda alta Normandia, ao longe avistava-se a grande curva do Rio Sena.
Uma construção ousada para a arquitetura da idade média.
A torre onde encontrava-se a Rainha Constantine, continha apenas três altas salas redondas, uma lareira e como teto, uma abóboda de oito arcos, estas por caracol, construída na espessura do muro que não era pouca.
Constantine, aguardava por ser enforcada juntamente com sua page, Sacarllet de Meudon, toda realeza estava estupefata com os acontecimentos, mais ainda pela condenação. Constantine não tinha mais acesso a nada da realeza, esporadicamente um banho de sol no alto da torre, isso quando os arqueiros estavam dispostos. Não havia visitas, somente o capelão que perdia horas tentando sua confissão para o perdão de Deus. Saia sempre com uma boa cusparada à face desavergonhada das tramas impostas pela inquisição da burguesia.
O Rei, embora a amando loucamente, não mais desejava vê-la. Ordenou que raspassem-lhe os cabelos, desejava-a a penúria da traição. D’Atrois, com o poder real, não deixava-se envolver pelo perdão, reinava com mãos de ferro, o trono o fazia carrasco, até mesmo de si próprio, porém seu coração pertencia a Constantine. Remoia-se em dúvidas, mas, seu Ouvidor nunca mentiria sobre o comportamento da Rainha.
Estava fora de questão.
Era uma noite de lua cheia, parecia o dia em que na Ilha dos Judeus, em 1248, em que Tiago de Molay foi crucificado e queimado vivo por ordem do rei, isso levando-se em consideração que Tiago além de Templário, era cunhado do Rei D’Atrois e irmão do Grão-Mestre.
O ar estava estranhamente quente, contradizia totalmente a realidade francesa. Mas, Stefany, em forma de águia, estava pousada sorrateiramente no para-peito de uma das torres observando todas às movimentações atentamente.
Seria fácil para Stefany entrar na torre e tornar Constantine e Scarllet suas novas súditas, seguidoras leais. Porém, queria mais, um discípulo para ser um Inccubus, com isso participar da vida da família real. Lógico, fariam parte do Exército das Trevas que estava sendo formado sob o comando de Stefany.
Embora soubesse que Constantine iria inevitavelmente à forca, seus planos eram mais ambiciosos, desejava a face do terror de Constantine com seu poder vingativo atrelado a um homem tão carrasco quanto o próprio carrasco do Rei, com poderes desconhecidos para quem vive o mundo da idolatria financeira dentro da luxuosa realeza castelana.
Stefany, passa à invisibilidade, com isso põe-se a caminhar pelos corredores movimentados do Gaillard. Foi quando avistou um tipo de homem perfeito para o seu plano: Rouge Du Trye, preverso, fascínora, olhar cruel, alto forte, rápido e usava a espada com maestria. Decidiu possuí-lo imediatamente. As veias do pescoço de Stefany saltaram novamente.
Sabia tratar-se de uma presa fácil, mas desejava copular com ele ainda como humano inicialmente, necessitava da seiva masculina para manter seus encantos carnais em seu devido lugar: ”É como se mantivesse mortal o que não mais o era.” Com isso, conquistaria sua confiança, e contra partido teria acesso livre ao reino e todos seus súditos reais.
Desta forma, conseguiria regimentar seu exército silenciosamente.
Haveria uma recepção na corte para solucionar problemas sucessórios e casamentos convenientes ao reinado francês. O último Papa teve seu papado a mais de 30 anos, havia sido enforcado por traição, agora havia a necessidade de se chegar ao consenso e eleger um de forma política, desta a ser manipulado para deferir sempre a favor da França, ou melhor, do Rei e suas colônias européias.
Chegada à noite do conclave, embora não fosse o lugar ideal para tal ato litúrgico, pouco importava.
Já em forma exuberante de mulher rica e sedutora, Stefany da Hungria incorporou seu personagem e trilhou com brilhantismo descomunal os corredores do Gillard.
Logo visualizou Rouge du Trye, sem que percebesse, aproximou-se e instintivamente esbarrou em sua taça de cristal no qual degustava seu”Bersumée”, pedidos de desculpas entre outras, mas... Rouge enfeitiçou-se imediatamente por Stefany.
Estava seduzido hipnóticamente pela Succubus, apresentaram-se e gentilmente Rouge a convidou aos seus aposentos onde iria reparar o ato desastrado.
Chegando ao rico aposento do suposto sedutor, ele avançou carinhosamente aos lábios de Stefany, agraciou-á com tanta ternura que não sentiu seus lábios gélidos, sedentos de sangue.
Não tardou, estavam totalmente despidos na entrega total da carne, do espírito, Rougue deu-se inteiramente, ela o fascinára, ele nunca havia visto uma mulher com tamanha beleza, o desejo era maior do que a realidade e a verdade.
Assim atracou-se às perversões do amor, Stefany escravizou-lhe o espírito de forma decisiva e inquestionável, orgasmos infindos pela madrugada.
Rouge desfalece, sua energia estava totalmente sob o domínio de Stefany, este momento propicia-lhe o tempo necessário para uma leve mordida fatal!
Mínima para não apavorar e nem deixá-lo sequelado, apenas eternizá-lo, complementar o sacramento da imortalidade.
Ao amanhecer, despediram-se, deixaram o próximo encontro acertado.
O que Rouge nunca iria imaginar é que agora era um súdito de Stefany.
A carruagem real estava à sua espera, partiu rumo ao desconhecido. O cocheiro também foi possuído.
Na noite seguinte, já em forma de corvo, Stefany agora partia para a conquista de Constantine e Scarllet.
Outra noite de lua cheia, a torre estava deserta e sombria, os arqueiros pareciam adormecidos, a luz das velas à distância demostravam que estava tudo perfeito.
Assim o corvo pousou ao para-peito da janela da torre e observou a duas presas dormindo, certamente bêbedas.
Stefany não teve muito trabalho, voltou-se a jugular de Constantine e com suas presas afiadas sugou-lhe o sangue quase todo, Scarllet não se mexia, estava como morta, logo, foi fácil, outra mordida.
As duas continuavam a dormir profundamente, Stefany ousou o vôo do orgasmo!
Como águia rasgou aos céus em direção à lua, mas, logo retornou a torre.
Ao chegar, a porta do salão estava aberta e não viu as duas súditas.
No corredor os corpos dos guardas estavam atirados ao chão, foram vítimas de Constantine e Scarllet. A Rainha Succubus irou-se e partiu em busca das duas, estavam a caminho da corte, escondendo-se entre as pilhas de fêno próximas aos currais reais. Stefany convenceu as duas a retornarem a torre como se nada houvesse acontecido e lá conversariam.
Ordem dada ordem executada.
Já na torre, Stefany explica seu plano para as duas súditas das trevas que agora mais que nunca anseiam por vingança. Sabem dos poderes que as mantém soberanas aos mortais, após o enforcamento a missão será deflagrada em toda corte sem dó nem piedade.
“Não façam mais nada com os guardas ou realeza antes do enforcamento, existem outros prisioneiros condenados à morte, use-os para sua alimentação, mas... Sejam cautelosas. Pelo menos por enquanto.”
As ordens da Rainha das trevas foram severas, haveriam de ser respeitadas.
“Desta forma, O novo Reino das Trevas” estava nascendo, Rei Wofthortes estava em missão em outra parte do mundo e logo juntaria ao Exército das Trevas.
O Rei, o Inccubus e a Rainha Stefany, a Succubus, juntos livrarão o mundo da hipocrisia e da fé que aliena leva à ignorância, a destruição cultural da tal humanidade.
A imortalidade, a luz e o poder da magia reinarão para toda eternidade! Quais serão os escolhidos?






O Merlin Sombrio




terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Um sonho atormentador...



A tarde estava seca, o ar não circulava,
não existia nem sequer um aspecto ameno.
Mas mesmo assim Scarlet insistia em ler à
sombra de uma velha e amiga amendoeira.
Quando criança passava horas brincando com
seu cão preto de estimação, o chamava de:
Thor, em pé passava da altura
de Scarlet, mas a menina amava-o profundamente.
Certo dia, Thor encontrava-se no cio e não queria
brincadeiras.

Mas na inocencia e pureza da adolecente, não importava.
Thor atacou ferozmente Scarlet derrubando-a ao chão,
demonstrando uma reação voraz, mordeu-lhe o pescoço,
mas, de forma que não chegou a ser fatal,
em seguida agarrou-a com as patas dianteiras,
como se fosse possuí-la, mas não o fez, apenas
lambeu seu sangue.
Com a chegada do pai de Scarlet,tacape em mãos,
Thor rosnou bravamente ameaçando atacá-lo, mas, foi só intimidação.
Olhou para o homem como se avisasse que algo mais sério poderia acontecer. Irritado, Vicent resolveu dar o animal, mesmo contra gosto da filha.
Porém ficaria para depois, Scalet haveria de ser medicada e começar a série de injeções
contra raiva.
A primeira noite para jovem foi muito ruim, não conseguia dormir, acordava impressionada com o que acontecera.
Não parava de pensar em Thor, parecia excitada ao sentir seu calor,
sua mordida e seu fulgor, sentiá-o
lambendo o sangue que jorrava de seu pescoço.
Ainda adolecente, estava apavorada com a tal sensação.
O tempo passou e a amizade entre os dois tornou-se mais forte.
Agora, Thor não permitia que os pais de Scarlet a ameaçassem ou
a castigassem, ele ficava enfurecido e à postos para o ataque.
Seu olhar estava diferente, parecia ele ser o pai ou dono de Scarlet.
A Jovem cresceu, hoje mulher pronta para o amor.
Justo naquela tarde
em que o calor suplantava a essência da natureza,
a jovem lembrou-se de Thor.
Afinal ele havia desaparecido misteriosamente
há dois anos, sem deixar vestígios sequer.
Scarlet não conseguia atrair um namorado sequer,
encontrava-se agoniada, ela não se apaixonara por ninguém.
Difícil de acontecer, olhava-se ao espelho, não via motivos para tal
desinteresse dos rapazes.
Na escola principalmente.
As vezes conversava com um rapaz e ele
logo arrumava uma maneira de se desvencilhar da linda Scarlet.
Chegada à noite, a jovem ainda sentada olhando para o nada,
vendo coisa nenhuma, mas, inquieta.
Logo a lua aproximou-se do seu ângulo de visãode Scarlet.
As luzes da casa já estavam acesas, bem como as do quintal
onde se encontrava.
Assim, levantou-se lentamente e pôs-se a admirar tamanha beleza,
olhava com contentamento e orgulho.
Repentinamente sentiu o cheiro e o calor de Thor aproximar-se dela.
Achou que estava enloquecendo, começou a suar frio, ter tremores nas
pernas e junto a tudo isso, um desejo vampirico ser mordida novamente
e agora sim, possuida como mulher.
Ouviu passos e olhou, mas, nada viu. Saiu correndo em direção à
casa assutada, tratou de tomar um banho frio para voltar ao normal,
julgou ser a reação do calor exacerbado a que se submetera o dia
inteiro em baixo da antiga e amiga amendoeira.
Já passavam das 23 horas e o sono não procurava por Scarlet.
Seus pais haviam saido para uma festa, a qual não teve interesse
em partilhar, preferindo o sossêgo do lar.
Chegariam só após às 4 horas da manhã, tratava-se de uma comemoração
em família e era sexta-feira, sábado dormiriam até mais tarde.
A luz faltou em seu bairro, Scarlet pprocurava uma vela para fugir
à escuridão nefasta que causava-lhe uma inquietude terrível,
foi quando surpreendeu-se com a presença silenciosa de Thor!
A Jovem parecia não acreditar no que assistia,
julgava estar sonhando acordada.
Ele então aproximou-se sorrateiramente e começou a passar a cabeça em
suas coxas avantajadas, por sua vez, Scarlet acariciava-lhe a cabeça
quando a luz da lua invadiu o interior da casa como se fosse um relâmpago.
A jovem momentaneamente ficou cega, quando voltou a visão nítida, deparou-se
com um belo homem, todo vestido de preto, musculoso, bastante agradável.
O corpo de Scarlet começou a ferver, coração acelerado, Thor tocou-lhe
sutilmente os lábios em um beijo frígido que aqueceu mais ainda as tentações da mulher.
Envolveu-a em seus braços e conduziu-a à cama dos pais.
logo, encontrava-se amando a linda mulher.
Scarlet não conseguia mais controlar a situação,
deixou-se esvair de prazer.
Às horas foram passando e o ritual não terminava, Scarlet agonizava,
a cama estava repleta de sangue, então Thor aplicou-lhe a mordida fatal.
Scarlet não teve forças para reagir,e não queria na verdade,
seu olhos foram ficando avermelhados e suas presas foram aparecendo
gradativamente, uivos soaram pelos ares,
a mulher agora dominada e possuida pela força das trevas,
eguia-se em liberdade, voltram-se um para o outro e lamberam-se
como animais no cio, copularam com viemência.
O dia dava claros sinais do seu nascimento,
logo o sol voltaria a brilhar,
com ele tudo voltaria ao normal.
Scarlet mordedu Thor para selar seu nascimento para a imortalidade,
embora não sendo comum, mas, assim aconteceu.
Após o rito, ouviram risos, eram os pais de Scarlet,
ambos já bem embriagados, Scalet e Thor, já estavam em forma de cães,
assim, lançaram-se em cima do casal destroçando-nos de forma canibal,
suas vidas e almas agora os pertenciam.
Foram precisos, não houve gritos nem sussurros,
foi letal e irrepreensível.
Já dia claro o casal de lobo das trevas sairam a vagar pelo mundo,
nunca mais foram vistos.
Scarlet acordou deseperada, suando frio, com os olhos
fundo como se não houvesse dormido, pensava em uma longa,
foi até o espelho de seu quarto e olhou!
Simplesmente ela não mais existia no mundo dos pobres mortais...
A casa estava vazia,
nada lembrava o ocorrido!
Ou não?

Boa noite...

O Merlin Sombrio...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O sabor do sangue...





O sabor do sangue...


Doce, incorpado, razão etérea do viver...
A ceia da vida eterna, inccubus...
Succubus, onirizada...
Enfáticos desejos de amor...
Envolve-la em braços, degustar sua alma...
Penetrar suas entranhas...

Não, não pode ser mulher comum...
Sangue real...
No leito de pétalas vermelhas,
a vela, o poder, o desejo...
Degustar seu corpo até deglutir o espírito...
Deidade da sabedoris...

Lua cheia, o fallo rigido...
Suas formas banhadas ao luar...
Estrelas sintilam, suas entranhas famintas...
A viagem às trevas, a luz da razão...
O orgasmo latente...
Um reviver onipresente, potente...

Energias difundidas, o rito do transcender...
O júbilo escarnecido do sabor da alma...
Enfim o infinito...
Em braços à morte, o renascimento...
O sangue, o laço eterno, necessidade constante...
Agora, senhora da vida e da morte...

O Rainha, tens um Rei...
Nossos vôos assombrarão infiéis...
O pavor dominará suas mentes...
Juntos reviveremos um novo mundo...
Mordidas ao ogro da vida...
Somos imortais posto à chama...

O Sabor da sabedoria...
O néctar da existência...
O domínio por excelência...
A trilha da liberdade...
O infinito da sagração...

Caminhemos nus ao luar...
Voaremos aos céus da verdade...
Profanamos o amor sábiamente...
O baco à profaneidade...
O genocído à hipocrisia...
O paganismo feliz...

A imortalidade...